sexta-feira, 30 de março de 2012

Embargo russo à carne brasileira pode chegar ao fim, diz ministro



Brasília, 30/03/2012, Agência Brasil

Segundo Mendes Ribeiro Filho,o embargo russo às carnes exportadas por vários frigoríficos brasileiros, incluindo todos do Rio Grande do Sul, Paraná e de Mato Grosso, “está chegando ao fim." Nenhum frigirífico adicional teve autorização para exportar para o seu mercado russo durante a missão brasileira.
Mendes disz:
“Estou muito otimista com a reunião técnica de segunda-feira em Buenos Aires entre os governos brasileiro e Russo para avaliar as plantas brasileiras. Isso está chegando ao fim”, avaliou Mendes Ribeiro. Ele ressaltou que a Rússia é o maior mercado importador de carnes bovina e suína brasileiras. “A Rússia contesta algumas posições que gradativamente vem sendo vencidas, mas têm confiança na qualidade dos produtos brasileiros”.
 
Uma solução rápida para o embargo, que começou em junho de 2011, está também na intenção da Rússia de atingir sua autossuficiência na produção de carnes. Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês), mostram que as importações de carnes, que em 2007 representavam 41,7% do consumo interno russo, estão estimadas para 25,5% neste ano.

Por seguimentos, considerando o mesmo período, as importações da Rússia de carne de frango, que representavam 46,5% da demanda interna devem cair para apenas 11,3%, e as da suína, de 35,3% para 27,5%. A importação de carne bovina é a única que se mantém estável, em cerca de 43% do consumo doméstico.

Atualmente, há 48 plantas brasileiras autorizadas a exportar para a Rússia, sendo 29 de carne bovina, quatro de carne suína e 15 de carne de aves. Outras 91 que estão na lista de aprovadas pela União Aduaneira estão embargadas, com restrições temporárias.
 

quinta-feira, 29 de março de 2012

Seca no Oeste reduz oferta de peixe em 40%

 
Perdas entre os produtores do Oeste podem chegar a 2,8 mil toneladas
 
Darci Debona


Até o tradicional peixe da Semana Santa está ameaçado pela estiagem que atinge 112 cidades de Santa Catarina.

De acordo com o pesquisador da Epagri de Chapecó responsável pela área de piscicultura, Jorge de Matos Casaca, as perdas variam entre 30% e 40% na região Oeste, responsável por 25% da produção estadual.

As perdas devem somar entre 2,1 mil e 2,8 mil toneladas. O pesquisador da Epagri explica que a falta de chuva baixou o nível dos açudes e, pela redução do espaço, os peixes não se desenvolveram. Além da perda de volume, 30% dos 10 mil piscicultores do Oeste nem vão retirar os peixes para não ficar com o reservatório de água vazio. As perdas são maiores nas espécies de carpas.

O piscicultor Euclides Menegatti pretendia vender 15 toneladas e vai conseguir 12 toneladas. O prejuízo é estimado em até R$ 20 mil.

— Faltou renovação da água e, com pouco oxigênio, os peixes não se alimentaram direito — explica.

O pesquisador Jorge sugere a adoção de políticas públicas para incentivar a construção de novos reservatórios na região, que poderiam ser utilizados para a piscicultura e ao mesmo tempo guardar água para os períodos de estiagem.

Chapecó

quarta-feira, 28 de março de 2012

Volvo Ocean Race movimenta economia de Itajaí



Competição passa pelo Litoral Catarinense entre 4 e 22 de abril

Com a etapa brasileira da Volvo Ocean Race, Itajaí e as cidades vizinhas terão uma temporada de verão estendida neste ano. O município se prepara para viver um abril economicamente atípico. Especulações de negociações imobiliárias, crescimento do ramo náutico na região e oportunidades profissionais encabeçam a lista de quem pensa no futuro com a Regata Volta ao Mundo, que passa pelo Litoral Catarinense entre 4 e 22 de abril.
Para atender os 150 mil visitantes esperados para os 18 dias de evento, hotéis e restaurantes prolongam o contrato de trabalho dos funcionários temporários, que foram admitidos em dezembro para a temporada.
A rede hoteleira da região, em especial de Balneário Camboriú, que conta com 20 mil leitos, não está acostumada com a comemoração de lucros no mês de abril. O feriado de Páscoa é, geralmente, a única data que garante lotação.

Diferente dos outros anos, 2012 poderá reverter os números. A presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Balneário Camboriú e Região (Sindisol), Karina Peters, afirma que ainda há vagas disponíveis para abril, mas a expectativa é que elas sejam ocupadas ao longo do mês com a vinda da Regata.
Para a semana de Páscoa, especialmente entre os dias 5 e 8 de abril, mesma data de início da Regata Volta ao Mundo, a ocupação hoteleira na região já ultrapassa os 90%. No fim de semana dos dias 21 e 22 abril, quando a competição encerra a passagem por Itajaí, reservas estão em andamento em grande parte dos hotéis da região.

JORNAL DE SANTA CATARINA
CHC

    segunda-feira, 26 de março de 2012

    Comércio de Joinville ensaia oportunidades de crescimento

    Economia 25/03/2012 | 15h03

    Comércio de Joinville ensaia oportunidades de crescimento

    Investimentos privados e em infraestrutura criam expectativas favoráveis


    Comércio de Joinville ensaia oportunidades de crescimento Rodrigo Philipps/Agencia RBS
    Afrouxamento das restrições ao crédito e juros em queda devem melhorar situação nas lojas no segundo semestre Foto: Rodrigo Philipps / Agencia RBS
    A meta é clara: continuar crescendo depois da euforia no consumo que tomou conta do País nos últimos dois anos. Mas o desafio é grande: 57,8% das famílias têm algum tipo de dívida, aponta levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

    É um cenário bem provável. Que o digam os primeiros números divulgados na sexta: dados do IBGE mostram que as vendas do comércio catarinense aumentaram 6,5% em janeiro, comparativamente ao mesmo período de 2011.

    Esse ritmo tem grande chance de continuar. O aumento nas temperaturas em fevereiro e março ajudou nos negócios da Salfer, uma das maiores redes de lojas de móveis e eletrodomésticos do Estado.

    — Historicamente, o mês de janeiro é mais favorável às vendas de linha branca, mas por falta de calor, o movimento foi menor do que o esperado. Mas fevereiro foi bom, porque as vendas de linha branca que não aconteceram no mês anterior acabaram se acumulando. Aí tivemos os itens de linha branca e ventiladores como os responsáveis por boa parte do faturamento —, explica Clayton Salfer, presidente da rede.

    As mais recentes medidas de revisão das restrições ao crédito também devem ajudar. O economista da Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio) Maurício Mulinari lembra que algumas medidas adotadas no final do ano passado já surtem efeito, como a redução do IPI para a linha branca.

    — A situação deve melhorar a partir do segundo semestre e a tendência é de que os produtos ligados à tecnologia devem ser mais procurados.

    Joelma Kramer, professora de marketing da Sociesc, lembra que há setores que estão sendo ainda mais prejudicados pela queda no consumo, como o automobilístico, bastante afetados pela inadimplência de quem financiou carros e motos em anos anteriores.

    O setor viu a falta de pagamento dobrar de tamanho no ano passado, de acordo com levantamento feito pela Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). O reflexo é que as instituições financeiras ficaram mais seletivas.

    — Os bancos estão mais receosos com clientes que querem financiar 100% do valor do carro em 60 meses —, exemplifica Eduardo Stoever, gerente da Delta Veículos.

    diariocatarinense.clicrbs.com.br

    quarta-feira, 21 de março de 2012

    Aumento nos preços é expectativa


    Lages, 20/03/2012, Correio Lageano por Núbia Garcia




    Faltando pouco mais de três semanas para a Páscoa, o comércio já está preparado para atender às exigências dos consumidores, levando às prateleiras de lojas especializadas ou de departamentos e supermercados, novidades e produtos tradicionais da época. A procura ainda é tímida e, de acordo com o Procon, há sensível aumento nos preços em relação ao ano passado.


    Perdendo ainda para datas comemorativas como o Natal e o Dia das Mães, a Páscoa gera significativo aumento no volume de vendas em todo o comércio, especificamente no que tange ao principal produto da época, o chocolate. Nas prateleiras de lojas de departamentos e supermercados, por exemplo, já é possível ver modelos de ovos de chocolate que vão desde os mais simples aos mais sofisticados, equipados com brinquedos, que atraem a atenção dos consumidores infantis.


    São produtos estilizados, que levam estampados personagens de desenhos animados como Smurfs, Hello Kitty e Ben 10; ou filmes, a exemplo da saga Crepúsculo, sucesso entre o público das mais diversas idades. Neste ano, até cantores, como Justin Bieber estampam os produtos a serem vendidos na Páscoa. Os preços são os mais variados possíveis, atendendo às expectativas dos mais diversos bolsos.


    Embora a pesquisa de preços oficial do Procon ainda não tenha sido finalizada, a coordenadora do órgão em Lages, Ineida Berwig Vieira, destaca que houve aumento em relação aos preços praticados na Páscoa de 2011. “Já conseguimos saber que os preços subiram, mas ainda não conseguimos precisar qual o valor real deste aumento”, diz. A lista com a pesquisa completa de preços, deve ser divulgada pelo Procon ainda esta semana.


    Na rede de Supermercados Alvorada, por exemplo, o acréscimo nos preços chegou a 5%. De acordo com o gerente da unidade localizada na Avenida Presidente Vargas, Fernando Correa de Oliveira, para chamar a atenção da clientela e conseguir oferecer preços mais acessíveis, o supermercado fez compras em grandes quantidades. “Com isso, conseguimos oferecer preços mais atraentes. Por estes dias a procura ainda está fraca, mas a tendência é aumentar depois do dia 1° de março, quando as pessoas já receberam”, afirma.


    Situação inversa acontece na loja Chocolates Brasil Cacau, especializada no ramo, onde os valores chegam a estar, em alguns produtos, 10% mais baratos que em 2011. “Nós observamos uma diferente postura da clientela, que hoje está mais atenta ao valor que paga por quilo de chocolate e procura cada vez mais qualidade no que compra”, comenta a sócia da loja, Simone Prachthauser.



    Aposta para atrair clientes é a diversidade



    Em todos os segmentos, a expectativa é de crescimento nas vendas durante este período. No Supermercado Alvorada, a direção espera que as vendas de chocolates sejam cerca de 10% maiores que na Páscoa de 2011. Na Chocolates Brasil, o esperado é um crescimento superior a 30% e na Havan, maior loja de departamentos da região, a estimativa é de que as vendas em todas as unidades do estado cresçam até 40%.


    O gerente do Alvorada, Fernando Correa de Oliveira, ressalta que, embora bombons e barras de chocolates tenham uma excelente saída, os preferidos e mais procurados nesta época são os ovos com brinquedos, seguidos dos ovos tradicionais.


    Para entrar de vez neste segmento e conquistar uma fatia do mercado, a Havan também investe pesado. Segundo o diretor-presidente, Luciano Hang, a rede tem como principal novidade neste ano uma linha exclusiva dos famosos chocolates da Serra Gaúcha, principalmente de Gramado (RS).


    Já na Chocolates Brasil Cacau, filial de uma empresa paulista, que fabrica os próprios chocolates, os ovos trufados são os mais procurados. Investir em produtos diversificados, como ovos com recheio de bananinha, caipirinha e pé-de-moleque, dentre outros petiscos tipicamente brasileiros, é uma das apostas da empresa para driblar a concorrência.


    Produtos como ovos de chocolates que têm a casca recheada com confetes, cestas e caixas de Páscoa, também são grandes apostas da marca. “A nossa linha clássica acaba saindo mais para incrementar cestas e vendas corporativas. Os produtos diversificados são os que chamam mais a atenção dos consumidores, de uma forma geral”, explica o sócio da loja, Osni Marcos Bruzamolin.


    Fotos: Núbia Garcia

    O uso do cartão de débito deve superar o de crédito

    Abecs: uso do cartão de débito deve superar o de crédito

    O número de transações com cartões de débito deve se consolidar este ano acima das operações com cartões de crédito, segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
    A origem do cartão de débito foi para sacar dinheiro nos caixas dos bancos, mas o comércio vem aumentando sua participação nas transações. Essa é uma tendência que vai seguir, já que cada vez mais os estabelecimentos comerciaisapenas 18% das transações com débito no país são utilizadas no comércio, porcentual que deve avançar. O restante das transações é realizado em terminais de autoatendimento de bancos. Nos Estados Unidos, por exemplo, 75% das compras são feitas com o uso do cartão de débito.

    Em 2011 segundo a Abecs, dos 8,3 bilhões de transações com cartões no país, houve uma igualdade na distribuição entre o débito e crédito - cada um respondeu por 3,4 bilhões das operações. Já as transações de cartões de redes de lojas totalizaram 1,4 bilhão em no ano passado.

    Em termos de faturamento, porém, o cartão de crédito deve seguir na dianteira. Dos R$ 670 bilhões movimentados pela indústria no ano passado, o crédito representou R$ 386 bilhões, alta de 23% na comparação com 2010. Já o débito somou R$ 199,8 bilhões (+25%), e os de rede de lojas, R$ 84,2 bilhões (+23%). O tíquete médio dos cartões de crédito somou R$ 113 no ano passado, valor 6% acima do registrado em 2010.
    FONTE: Jornal diário catarinense